Luanda - Em exclusivo à DW África, presidente do Bloco Democrático, um dos integrantes da FPU, propõe um "pacto de regime" para arredar o MPLA do poder", com a formalização da coligação da oposição angolana.
Fonte: DW Africa
Em Angola, o Bloco Democrático (BD) vai realizar a sua convenção nacional em agosto, reunindo delegados das 21 províncias do país. O encontro poderá marcar uma viragem na liderança do partido, embora Filomeno Vieira Lopes ainda não tenha confirmado se se recandidatará.
"Isso ainda não está decidido. Nós ainda não anunciamos a nossa candidatura, vamos anunciar. E se for o caso disso, os membros do partido (serão informados) direitamente", disse.
O que é certo é que, nessa convenção, prevê-se múltiplas candidaturas - inclusive para o cargo de secretário-geral.
Quanto à Frente Patriótica Unida (FPU) - um tema que continua a gerar debate na sociedade - Filomeno Vieira Lopes começou por explicar por que razão Abel Chivukuvuku, presidente do PRA-JA Servir Angola foi deixado de fora, na última reunião realizada em Luanda.
"Houve uma certa indisponibilidade da parte do Abel de conversarmos todos conjuntamente", explicou, referindo-se às recentes declarações de Abel Chivukuvuku, que afirmou ter recebido dos delegados do PRA-JA um mandato para "caminhar sozinho".
Filomeno Vieira Lopes entende que existe uma "mão invisível" que está a forçar os integrantes da FPU a concorrerem isoladamente e acrescenta que só a união poderá trazer a eventual alternância política em 2027.
"Não só os partidos políticos que querem a mudança - que querem a mudança, sublinho isso aqui com muita clareza - e a mudança tem um significado muito claro: é arredar o MPLA do poder. O MPLA passar para a oposição e criarmos os instrumentos de verdadeiras instituições democráticas do país, um país que seja inclusivo e com uma cidadania ativa", defendeu.
Um "pacto de regime"
E como o MPLA seria arredado do poder? O presidente do Bloco Democrático propõe um "pacto de regime" com a formalização de uma coligação dos partidos políticos na oposição, com o apoio das igrejas e da sociedade civil.
"O Bloco Democrático pensa que este pacto de regime é importante que se faça. Para isso, é preciso criar as condições. Nós não temos condições de fazer isso, porque temos um partido que acha que é o dono disso tudo. Temos um partido que tem uma mentalidade de que ele é que conquistou a independência, proclamou a independência e todos nós nos devemos nos sujeitar aquilo que ele formula, desenha", disse, numa crítica direta ao MPLA.
Em relação às eleições autárquicas, Filomeno Vieira Lopes não entende por que razão ainda não foram realizadas e explica o que elas significariam para o país e a vida prática do cidadão.
"Isso significaria a ampliação da democracia para o nosso país, significaria a libertação do cidadão. Sobretudo, significaria uma dinâmica interna do país que iria permitir maior desenvolvimento", concluiu.
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