Luanda - O engenheiro António Venâncio, pré-candidato ao Congresso de 2026 do MPLA, reafirmou esta terça-feira que o direito de manifestar a “pretensão de candidatura” à liderança do partido já está em aberto, acusando alguns sectores intelectuais de criarem confusão propositada sobre o tema.
Fonte: Club-k.net
Em nota pública, Venâncio inicia por esclarecer a origem do termo “pretender”, recordando que deriva do latim praetendere, expressão que, no seu sentido clássico, traduz “vontade, desejo, intenção ou aspiração”. Segundo o pré-candidato, o mesmo conceito está consagrado nos próprios estatutos do MPLA.
Citando o artigo 31.º do regulamento interno, Venâncio sublinha que “o militante do MPLA goza do direito de candidatar-se ao cargo de Presidente do partido, devendo apresentar na sua organização de base (…) a sua pretensão de candidatura”.
“Convém repetir: a sua pretensão de candidatura”, enfatiza, sugerindo que a lei interna distingue claramente entre pretensão — manifestação de vontade — e candidatura formal, que só ocorre após a convocação do Congresso.
O engenheiro critica o que considera ser uma “relutância insistente” de alguns dos “melhores intelectuais” do país em aceitar que o período para apresentação de pretensões “já começou faz tempo”, tratando-se de um direito “estatutário e, antes de tudo, constitucional”.
Venâncio acusa este grupo de “fingir, para confundir os menos atentos”, ao insistir no termo “candidatura”, processo que afirma ser distinto e “muito mais exigente”, dependendo exclusivamente da convocação oficial do Congresso de 2026.
O pré-candidato realça ainda que muitos militantes do MPLA “mais atentos” têm actuado de forma correcta ao apoiar os pré-candidatos já anunciados. Segundo explica, esses apoios vão desde o incentivo moral, passando pela regularização de quotas e integração nos Comités de Acção do Partido (CAP), até ao apoio financeiro para garantir “uma democracia interna real em 2026”.
Para Venâncio, “novos ventos reformadores” já sopram dentro do partido, tornando “irreversível” o processo de construção de “novos valores democráticos” no MPLA.
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